Revisto em 17/06/2020
Muito se fala sobre a origem do kendô [1] no Japão, sua relação com as artes marciais praticadas pelos samurai e já existem bons trabalhos escritos sobre o desenvolvimento do kendô no Brasil, particularmente no eixo Sul-Sudeste, a região que concentra a maior parte dos dôjôs e senseis do país. Pouco se fala, porém, da história do kendô no eixo Norte-Nordeste. Assim, decidi fazer uma pequena compilação do que sabemos sobre a história do kendô no nordeste.
Gostaria de destacar que as informações foram obtidas por meio de conversas com praticantes e instrutores de diversos dôjôs, eu mesmo não participei diretamente da maior parte dos acontecimentos, nem tenho acesso a livros ou informações oficiais, portanto certamente haverá erros e distorções, motivo pelo qual peço desculpas desde já. Se você tiver algum apontamento ou correção a fazer, por favor, sinta-se à vontade para me enviar um comentário público ou privado.
Dizer que o primeiro dôjô no nordeste teria surgido em determinado momento não implica dizer que não existia prática de kendô anteriormente. Essa prática, porém, em geral isolada e sem vínculos com federações, é de difícil verificação, portanto escolher a fundação de dôjôs como foco do texto me pareceu a abordagem mais adequada. Dito isso, quando oportuno à história de determinado dôjô, nada impede que sejam feitas breve pontuações relativas a esse período.
Por fim, agradeço a todos os que colaboraram com a construção deste pequeno artigo, sem as informações que me foram dadas, certamente nada disso seria possível.
Então, vamos seguir primeiramente com um resumo do processo de organização (ou re-organização) do kendô, iaidô e jôdô na Região Nordeste.
Continue lendo “A História do Kendo no Nordeste – Parte I: Fundação e Organização de Dôjôs.”